Constrangimento à mulher
Já citei algumas vezes no Twitter que tenho lido o Escreva Lola Escreva com certa frequência e talvez influenciada por posts que li por lá, uma história que li no site da revista Época, e mais as acusações ao Robrinho, resolvi escrever dar pitaco também...
O conceito de assédio, atentado e estupro (resisiti um pouco a colocar esta palavra aqui por causa dos bichos esquisitos que aparecem pelos buscadores, mas enfim...) me parece cada vez mais diferente entre homens e mulheres (generalizando, claro)... Conceitos machistas do tipo "forcei um pouco a barra pq ela estava fazendo doce" - tb citado pela Lola em um post sobre um filme - mostram um pouco da diferença entre os sexos... Acontece que "uma forçada de barra" pode não necessariamente parecer assim para a outra parte...
A notícia da Época é sobre Assédio em Consultórios Médicos. Não conheço nenhuma das mulheres ou profissionais citados na matéria, mas uns 12 anos atrás estava gripada e a minha mãe, que não tinha como sair do trabalho e me levar ao médico que eu sempre fui, encontrou um pediatra do convênio aqui perto de casa. Chamei a Má e ela não só foi comigo como entrou no consultório junto... O médico pediu que eu tirasse a camiseta, auscutou e demais procedimentos normais. Achei que ele me olhava estranho, mas ouvi o diagnóstico, peguei a receita e fui embora. Na porta a Má, que é dois anos mais nova que eu, olhou para mim e disse que achou esse médico esquisito, que ele olhava demais... Como eu tb tinha achado, concordei de imediato e contamos às nossas mães que disseram que jamais retornássemos lá (o que de fato fizemos).
Alguns anos depois, em transportes públicos, voltando para casa da escola, um menino tentou passar a mão na minha perna por baixo da minha mochila e um homem mais velho começou a puxar assunto, agindo como se fosse meu dono. Com o menino eu fiz um escândalo e ele acabou descendo na estação seguinte. No segundo caso, respondi com monossilábicos e não dei abertura, mas optei por descer 3 pontos antes do necessário e esperar para ver se ele não me seguiria antes de tomar o meu rumo.
Sei que essas situações estão mais para assédio moral que sexual e até admito que sou meio paranóica, afinal sei que histórias assim já aconteceram com boa parte das mulheres que eu conheço e não sou nem de longe exceção. Consigo até conviver com o senso comum de que posso ter "tido sorte" nesses casos, já que não sofri nenhum dano físico ou psicológico.
Alguns anos mais experiente e consciente de minha condição mulher baixinha e com cara de menina mais nova, sinto ímpetos de gritar e xingar quando alguém se acha no direito de me olhar como se eu estivesse me oferecendo - vale comentar que as minhas amigas me chamam de pit bull raivoso, para ilustrar a minha fisionomia andando na rua, de ônibus, metrô, bondinho ou no que seja. Apesar de não me considerar lá muito feminista, tenho noção que normalmente estou em desvantagem, seja pelo tamanho ou pela vantagem numérica e faço o que é possível para evitar situações desconfortáveis (para mim) e confrontos, inclusive deixando claro na convivência quando me sinto desconfortável em alguma situação.
Acho que cada um deveria saber e cuidar da própria vida e me desagrada ter que me policiar ainda mais por causa de preconceitos do outros, isto é fato. Tem dias que eu sinto que deveria andar com aquela plaquinha, do tipo "não sou fácil, sou legal assim mesmo" ou "tá olhando o que, mané?"...
O conceito de assédio, atentado e estupro (resisiti um pouco a colocar esta palavra aqui por causa dos bichos esquisitos que aparecem pelos buscadores, mas enfim...) me parece cada vez mais diferente entre homens e mulheres (generalizando, claro)... Conceitos machistas do tipo "forcei um pouco a barra pq ela estava fazendo doce" - tb citado pela Lola em um post sobre um filme - mostram um pouco da diferença entre os sexos... Acontece que "uma forçada de barra" pode não necessariamente parecer assim para a outra parte...
A notícia da Época é sobre Assédio em Consultórios Médicos. Não conheço nenhuma das mulheres ou profissionais citados na matéria, mas uns 12 anos atrás estava gripada e a minha mãe, que não tinha como sair do trabalho e me levar ao médico que eu sempre fui, encontrou um pediatra do convênio aqui perto de casa. Chamei a Má e ela não só foi comigo como entrou no consultório junto... O médico pediu que eu tirasse a camiseta, auscutou e demais procedimentos normais. Achei que ele me olhava estranho, mas ouvi o diagnóstico, peguei a receita e fui embora. Na porta a Má, que é dois anos mais nova que eu, olhou para mim e disse que achou esse médico esquisito, que ele olhava demais... Como eu tb tinha achado, concordei de imediato e contamos às nossas mães que disseram que jamais retornássemos lá (o que de fato fizemos).
Alguns anos depois, em transportes públicos, voltando para casa da escola, um menino tentou passar a mão na minha perna por baixo da minha mochila e um homem mais velho começou a puxar assunto, agindo como se fosse meu dono. Com o menino eu fiz um escândalo e ele acabou descendo na estação seguinte. No segundo caso, respondi com monossilábicos e não dei abertura, mas optei por descer 3 pontos antes do necessário e esperar para ver se ele não me seguiria antes de tomar o meu rumo.
Sei que essas situações estão mais para assédio moral que sexual e até admito que sou meio paranóica, afinal sei que histórias assim já aconteceram com boa parte das mulheres que eu conheço e não sou nem de longe exceção. Consigo até conviver com o senso comum de que posso ter "tido sorte" nesses casos, já que não sofri nenhum dano físico ou psicológico.
Alguns anos mais experiente e consciente de minha condição mulher baixinha e com cara de menina mais nova, sinto ímpetos de gritar e xingar quando alguém se acha no direito de me olhar como se eu estivesse me oferecendo - vale comentar que as minhas amigas me chamam de pit bull raivoso, para ilustrar a minha fisionomia andando na rua, de ônibus, metrô, bondinho ou no que seja. Apesar de não me considerar lá muito feminista, tenho noção que normalmente estou em desvantagem, seja pelo tamanho ou pela vantagem numérica e faço o que é possível para evitar situações desconfortáveis (para mim) e confrontos, inclusive deixando claro na convivência quando me sinto desconfortável em alguma situação.
Acho que cada um deveria saber e cuidar da própria vida e me desagrada ter que me policiar ainda mais por causa de preconceitos do outros, isto é fato. Tem dias que eu sinto que deveria andar com aquela plaquinha, do tipo "não sou fácil, sou legal assim mesmo" ou "tá olhando o que, mané?"...
2 comentários:
Já faz algum tempo lembro q saiu uma reportagem na Globo sobre assédio em consultórios medicos.
Big Beijos
Para mulheres independentes, que procuram uma produção básica ou mais sofisticada, a loja preenche todos os requisitos quando se trata de feminilidade.
Visitem o site - www.martinettojoias.com.br/
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