segunda-feira, maio 30, 2005

Amizade

DE AMIGA PARA AMIGA...

Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis, porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.

Há quem diga que as mulheres são falsas e fofoqueiras (na minha modesta opinião, boa parte delas é mesmo).

Há quem diga que as mulheres brigam, discutem, se desentendem, mas nunca deixam de ser amigas.

A verdade é que é muito bom ter amigas. A cumplicidade, o carinho e a compreensão que podem acontecer entre duas mulheres é das coisas mais lindas que somos capazes de alcançar.

A vida nos apresenta milhares de pessoas. E cada uma delas vem cumprir um papel conosco. Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados... E no meio de tudo que se sente de dor, ou de prazer.

Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida, mesmo aquelas que me machucaram. E tenho saudades de mim mesma quando lembro de alguma amiga que perdi.

Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.

Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd/cdf que sabe de tudo e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.

Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada.

Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.

Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama. Aquela que nos apresenta os melhores caras.

Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida.

Aquela que liga todo dia.

Aquela que desistiu de um cara porque sabia que você estava a fim.

Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar.

Aquela que faz tudo que você pede.

Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.

E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.

E aquela outra que exige a sua atenção.

Tem também aquela que apóia as suas loucuras. E a outra que reprime você em quase tudo.

Tem aquela idealista, com quem você discute horas os problemas existenciais da humanidade.

Aquela que só liga no dia do seu aniversário e que, mesmo assim, você adora.

Aquela que parece sua mãe e vive pra te dar conselho.

Aquela de quem você sente muito ciúme.

Tem também aquela por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que viu.

Aquela que você odiou no começo, mas depois passou a amar e aquela que decepcionou horrores.

Aquela que escreve e manda poesias, e sempre na hora certa, na hora em que você mais precisa.

Aquela que te empresta apartamento pra você passar o feriadão.

Aquela que te deu o conselho certo, que você não ouviu.

Aquela que te abraçou no velório de alguém querido.

Aquela que presenciou o maior mico, segura seu braço quando você tropeça ou quando vai atravessar a rua sem olhar.

Aquela que irrita, mas que você não imagina a vida sem ela.

Aquela que organiza uma festa surpresa pra você.

Aquela que defende você de tudo e de todos.

Aquela que paga coisas pra você quando você está sem grana.

Aquela que sempre traz um presentinho.

Aquela que chora a sua dor.

Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube.

E aquela que é uma irmã pra você.

E tem também a melhor amiga, aquela, que é simplesmente aquela.

Claro, os homens também sabem ser bons amigos. Também deixam ótimas lembranças. Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.


Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e nem sabem disso.


(Autoria desconhecida)


Recebi esse texto da , em um momento em que eu estava precisando lembrar que posso ser uma boa amiga (e que graças a Deus eu tenho amigas assim). E o pior é que eu me encaixo em tantas dessas descrições...

Como acontece com quase tudo, eu tenho um jeito diferente de ser amiga. Pode-se dizer que eu sou uma pessoa difícil, mas quem consegue ser minha amiga está perdida. Eu ligo para contar uma coisa e falo de 115, fico feliz quando elas ficam felizes e tenho instintos assassinos quando alguém as magoa (sou assim com todos que eu quero bem).

Amizades são complicadas porque, como já dizia Antoine de Saint-Exupéry, "você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa". Acho que até que eu levo isso a sério demais... Se eu tivesse que definir a amiga Cris, ela é aquela que tenta estar sempre por perto, mesmo que não seja percebida e sem esperar reciprocidade (minha psicóloga disse que eu devo parar de achar que sou a super mulher rs).

sexta-feira, maio 27, 2005

O mundo visto pelas crianças

Olá!!!

Bem, não é segredo que eu adoro crianças. Por falar nisso, o afilhado agora tem dois dentes!!! Eles nasceram ao mesmo tempo em algum momento dos últimos 15 dias. Para falar a verdade, se eu pudesse repensar a minha vida talvez tivesse feito algo relacionado a elas.

Falando nelas, outro dia desses, estava eu lendo o Crônicas da Mônica e achei o link para este blog que tem uma campanha com o mesmo nome deste post. Assim como esse texto do Mário Prata, trata-se de uma compilação de coisas que crianças disseram.

Essa idéia de compilação de frases de crianças remonta a Pedro Bloch que tinha na revista manchete uma coluna chamada Criança diz cada uma. Até as minhas queridas Garotas que Dizem Ni (que estão lançando um livro Sábado que vem, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional) já postaram texto com algumas pérolas infantis, personificadas pelo afilhado de uma delas.

Infelizmente eu nem eu nem os meus pais nos lembramos de pérolas da pequena Cris... Eu tenho uma de uma amiga, serve? A pequena Marcilia costumava dizer que, quando crescesse, queria um carro "sem-versível", que vem a ser justamente o oposto ao carro... CONVERSÍVEL.

quarta-feira, maio 25, 2005

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith



Comentário: Eu conheço (e adoro) essa série desde pequena, mas sei que tem gente que vive muito bem sem isso. De qualquer maneira, antes de falar desse filme, eu vou explicar porque porque os fãs antigos odeiam os episódios I e II e o episódio III é tão esperado.

Para quem não percebeu ainda, os filmes novos vêm antes dos antigos na cronologia do George Lucas. Eles contam como Anakin Skywalker virou o terrível vilão Darth Vader que conheceu-se na trilogia antiga. Dizem que George Lucas, que era um diretor em começo de carreira, resolveu começar pelo episódio IV porque ele era o mais barato e que quis esperar até ter recursos melhores para fazer a primeira parte da história. Eu, sinceramente, acho que a decisão de fazer a nova trilogia se deveu ao sucesso do relançamento da trilogia original nos cinemas em 1997. Agora, porque a maioria dos fãs antigos odeiam os dois primeiros episódios? Porque eles são filmes completamente diferentes da trilogia antiga (e também porque eles enrolam muito). E o terceiro filme é o mais esperado porque mostra justamente a transição do jedi para o sith (cavaleiro do lado negro da força), o surgimento do temido Darth Vader.

Depois de anos de guerra (começadas no ep II e mostradas no desenho Star Wars: Guerras Clônicas do Cartoon Network), os cavaleiros jedi começam a ter sérias dúvidas sobre o chanceler Palpatine. Anakin Skywalker, apontado como o Escolhido pela profecia (lembrando que a trilogia antiga já tinha esse negócio de escolhido), está cada vez mais frustrado por não ser reconhecido como acha que deve pelos demais jedis e por ter que esconder seu casamento com a senadora Padmé Amidala, que vem a estar grávida. Toda essa frustração acaba se somando à revolta e ao medo que ele não consegue controlar, aproximando-o do chanceler que vem a ser um sith, cavaleiro do Lado Negro da Força. Quando Anakin sucumbe ao Lado Negro da Força, Obi-Wan Kenobi deve precisa proteger Padmé e seus filhos.

O episódio III é cheio de detalhes que fazem os fãs da trilogia antiga se sentirem crianças outra vez. Vê-se n coisas que tiveram continuidade na trilogia antiga, como personagens e cenários. O filme tem muitas lutas com sabres de luz e, como sempre, algumas cenas desnecessárias (que não tornaram esse um filme longo, mas poderia-se viver sem elas). O R2-D2 é uma graça, ele praticamente rouba algumas cenas. Tem também um dinossauro (ou algo do tipo) que é uma gracinha!!! A história do filme é bem contruída, fechando praticamente todos os buracos da trama e humanizando a figura do Darth Vader, dando motivos para ele ter se tornado aquele que foi considerado o maior vilão da história do cinema (eu já discordava disso antes e continuo discordando). Os efeitos estão perfeitos, a interpretação do Anakin que foi um tanto quanto criticada no segundo filme convence como alguém em conflito consigo mesmo. Eu continuo gostando mais da trilogia antiga (só para constar, o meu preferido não é o ep V como acontece com grande parte dos fãs), mas esse foi um filme muito bom com uma estratégia de marketing espetacular.


***UPDATE - 26/05, 2h48***

Só para matar a curiosidade, o meu vilão preferido é o Dr. Hannibal Lecter. E o meu filme preferido da série Star Wars é o Episódio VI (fazer o que, sou bobinha, adoro finais).

terça-feira, maio 24, 2005

Reflexão

Não sei como aconteceu, mas esse blog está cada vez menos pessoal. Talvez seja pela falta de novidades relevantes na minha vida e excesso de coisas no mundo para comentar...

Afinal, quem precisa saber se eu tive que cair (de cara) na real no fim de semana? Que eu queimei o braço no ferro no começo da semana passada e na panela no Domingo? Ou que eu tentei ser voluntária em hospital, contando histórias para crianças (as minhas priminhas me adoram porque eu sou a única "adulta" da família que pára tudo para contar histórias) e não consegui porque a única entidade que eu achei (recomendada por todos os portais de voluntários) está muito ocupada treinando os voluntários mais antigos e não vai aceitar ninguém esse ano? (comentário: não sabia que tinha tanto voluntário assim ao ponto de eles recusarem novos por um ano)

Dizem que o inferno astral é antes do aniversário, mas eu tenho cá minhas dúvidas... Acho que com essa falta de notícias boas, é melhor eu continuar comentando o resto do mundo...


PS: Amanhã, Star Wars: Episódio III - A Revanche dos Sith.

segunda-feira, maio 23, 2005

Sem vontade de escrever



Mude

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.

Só o que está morto não muda!

(Edson Marques)

sábado, maio 21, 2005

Questionário

Carro: um que seja pequeno (Ka, Celta, Fiesta, Corsa, C3, Peugeot 206)... sou uma desgraça dirigindo esses, imagina os grandes...

Lugar mais estranho que fez amor: ...

Quem levaria para uma ilha deserta: não sei... talvez meus pais, a Babi

Quem deixaria por lá: o Lula e os seus assessores

Pasta de dente: prevent

Desodorante: Nívea Balance

Perfume: Acqua di Gio, Polo Sport Woman

Cantora: Tarja Turunen (vocalista do Nightwish)

Cantor: Freddie Mercury (falecido vocalista do Queen)

Sapatos: confortáveis, adoro salto, mas acabo só usando baixinhos...

Leitura: o que cair na minha mão

Mania: falar com as mãos

Não viveria sem: fútil - internet; sério - minha mãe (pelo menos saber que ela está por perto)

Poderia viver sem: cólicas, enxaquecas

Novela: eca!!!

Programa da Tv brasileira: Programa do Jô

Programa da Tv a cabo: CSI, Saturday Night Live

Loja de roupas: depende do momento e do bolso... gosto muito da Opera Rock, mas quase nem entro mais lá

Onde gostaria de estar agora: here, there and everywhere

Último filme que assistiu: Pearl Harbor (pela trigésima vez)

Um bom programa: cinema e hamburguer ou pizza depois, sair para comer, baladinha de rock

Cidade: São Paulo apesar dos pesares

Flor: tulipa

Frase: atualmente é "A vida é como uma caixa de bombons... você nunca sabe o que vai encontrar"

Ritual de beleza: lavar o rosto e pentear o cabelo... estou tentando lembrar de passar batom todas vezes em que for sair também e deveria usar protetor solar...


PS: Mais uma vez vindo diretamente daqui

quinta-feira, maio 19, 2005

Referências de cada um

A Memória Imóvel

Entre os que adoram e os que odeiam sua música, um verso dos Tribalistas vai se fazendo ícone gramatical de um modelo de comportamento. O "sou de todo mundo e todo mundo é meu também" é o grito atual de guerra e de liberdade sexual e amorosa, se é que podemos falar de amor quando todo mundo é de todo mundo e ninguém é de ninguém. Mais que um jogo de palavras, as entrelinhas, o rito contido nos versos, desnudam a falência do compromisso, das parcerias em comunhão, do sal e do sagrado nos encontros tecidos ao acaso. O amor acabou, ou pelo menos é isso que querem nos fazer crer, afinal o corpo tornou-se um espaço de compartilhamento, sem compromisso, um acampamento de sem terras na alma do outro e o tema sequer é recomendado ao oficio dos poetas, prestando-se apenas à pobre ocupação dos cronistas dominicais.

Como acontece com todos nós que passamos a envelhecer com o dobro da rapidez de antigamente, cheguei atrasado nesta revolução tribal e "para sempre" me parecia uma ilusão amorosa cabível em todas as bulas, ainda que a serpente e o paraíso, tenham nascidos ao mesmo tempo.

Contrário ao inevitável, embora a nação tribalista torne equivalentes os toques, as peles, a sensação de re-encontro e completude de si mesmo no ter o outro, ainda acho que só um(a), único(a), pode completar a tradução final de todos seus ensaios e de todos os sinais que decifram sua linguagem, a sua alma de dia chuvoso.

Porque é assim. Contra todas as probabilidades e as variações de sua fome, e, às vezes, contra todas as recomendações técnicas de suas razões e de suas possibilidades, você, "de repente, não mais que de repente", por uma canção, um olhar, uma dança, um som de violino enfeitiçado, se perde, se deixa domar enlouquecida e indefesa, por aquele homem. Dure cinco dias ou anos. Você encontra seu caminho e sabe que nunca mais vai poder voltar. Ou pelo menos, não inteira. Sabe que suas pegadas sobre o vento, não deixam marcas visíveis ao retorno, que não há fios de Ariadne a conduzir sua salvação. Você, ao contrário dos outros náufragos, não poderá ser resgatada. E quando rasga a roupa e os limites e prova, enfim, o seu canto de mulher, descobre a especiaria que é viver. No alumbramento de loba indefesa, quer apenas ficar, na armadilha e, mesmo sabendo que tudo é renúncia, conjuga senzalas e senhores e não será mais de ninguém, sem ser dele.

Mesmo que parta, ainda que andeje por todos os lugares, sabe que será aquele seu mestre de cerimônias, sua referência emocional, e, mesmo sendo tribalmente de todos, ou de um, será em todos, ou em um, ele também. É a condenação e a glória da paixão. Abandono e perenidade. Silêncio e máscara. Letra, música e lágrimas-língua. Lua e notas, poemas e a luta incessante de preten-ser e perten-ser. Como nódoa, você não se desvencilhará deste segredo da memória, dos nós, dos dois, porque como sabem a ciência e a filosofia de bar, quem se reparte, só o faz a partir dos seus domínios anteriores, já, todos, possuídos.

Você, se já provou do veneno divino de amar assim e ele acabou antes do fim, por alguma razão ou por falta delas, sabe que existir será apenas um despedir sem fim. A sensação sempre, de que falta algo, que inquieta. O retorno e o terno. Quem te encontrar depois, ao contrário da apologia dos tribalistas, saberá que se pode ser só de um, mesmo estando em outro alguém, e te lerá, para si, apenas como a dor do achado tardio.


Porque, como diz Adélia Prado, "o que a memória ama, fica eterno".



(César Oliveira)


Achei esse texto no blog da Cacau, amiga da . Resolvi publicá-lo também não só por achá-lo interessante, mas porque essa história de pessoas que acabam sendo refências na vida têm aparecido com certa frequência no meu caminho nas últimas semanas.

Eu não costumo falar disso aqui, mas tenho os meus problemas devidos a um "referencial" mal resolvido na minha vida. E a Sil, que fez faculdade comigo também tem os dela. Foi ela quem primeiro me falou disso. Nós discutimos muito as terapias de cada uma no nosso grupinho da faculdade e ela, que começou a ir a uma terapeuta nova comentou que a mulher disse que uma certa pessoa persiste nas nossas cabeças por ter se tornado um referencial. Que por mais que você se envolva com outras pessoas, se e/ou quando acabar, você volta a pensar na referência. Isso até tem um nome (não é obssessão, é mais auto-flagelo), mas a Sil não lembra e acontece até que outra pessoa te marque da mesma maneira.

Quase todas as pessoas com quem eu comentei isso já se sentiram assim. Não sou nenhum tipo de guru, então não tenho nenhuma recomendação a esse respeito, só achei interessante o assunto chegar até a minha pessoa várias vezes por caminhos diferentes. Tudo que eu posso dizer é que, sendo ou não o caso de alguém que passe por aqui, a única coisa que se pode fazer é dar-se a chance de sair dessa.

quarta-feira, maio 18, 2005

Comédia que faz mídia ou comedia que faz média

Hello!!!

Eu não sei o que acontece comigo, mas quanto mais uma pessoa aparece na mídia, menos eu me interesso pela vida dela (se é que eu chegaria a me interessar antes)... Até gosto de uma fofoca, mas a insistência em certos assuntos/pessoas me enerva.

Um caso: Sandy. Não gosto das músicas dela, mas não tenho nada contra a moça. Só que eu pareço ser uma das únicas pessoas no país que não dão a mínima para ela. Espero que ela tenha saúde, que viva feliz e tudo mais, mas não tenho o menor interesse no que ela e o irmão fazem ou deixam de fazer, com quem saem, aonde vão, quando voltam.

Outro: Robinho. Não sou muito chegada em futebol, realmente não ligo para o esporte mais popular do Brasil (prefiro tênis e patinação). Ele é um bom jogador? É o que dizem. Agora, o que me importa o carro dele? Em que ele gasta? Se ele parece com o Pelé jogando (para mim é mais algo como "cada um cada um")? Para onde ele vai? (sinto muito, mas ele vai crescer muito se for jogar fora... é triste, mas é assim que acontece)

Por fim: Cicarelli e Ronaldo. Já mostrei minha indignação com a infantilidade dela no episódio do casamento, porém queria mais é que eles fossem felizes para sempre (e de preferência longe da imprensa). Não deu. Acabou. That's All Folks! Não a maravilhosa parcela da imprensa que se dedica às fofocas fica desenterrando tudo e mais um pouco sobre eles. Quens, ondes, comos, quandos, por quês, se tem volta... Me economize!!!

Sei lá, acho que eu nasci no país errado. Adoro o Brasil, mas isso enche o saco. A vida real é tão ruim que não se consegue viver sem a fantasia das novelas e da vida das pseudo "celebridades"? Vende tanto assim falar da vida alheia? Me desculpem, mas se depender de mim, sites e revistas de fofoca irão à falência.



Obs:
1) O título do post é derivado de uma frase que o Supla costuma usar.
2) Eu até estou tentando fazer a sessão mau-humor passar, mas os fatos correntes não ajudam.

segunda-feira, maio 16, 2005

Fim de semana

Hello!!!

Esse post deveria ter saído entre Sábado e Domingo, mas devido ao excesso de coisas a fazer, ele acabou só saindo na Segunda mesmo...

Como eu já tinha dito aqui, no Sábado eu tive um chá de cozinha e fui ao Café Piu-Piu.

Por partes:
Chá de cozinha: como eu sou um ser extermamente sem noção de Alto da Lapa, deixei o carro na casa da Marina e fui de carona. Estavam lá a Jú Gerassi (que vem a ser a noiva), a Marina, a prima da Marina, a Lerê, a Lú, a Sil e a Djoy (que chegou atrasada, como sempre rs). As amigas da noiva (incluindo nós) foram bem boazinhas e o maior castigo dela foi cantar Fascinação no videokê. Nem pintada ela foi. O detalhe da festa que a Lê resolveu "consolidar" os presentes, fazendo todo o serviço de estufagem dos mesmos. Ela até atribuiu tamanhos de container para os baldes e bacias. O chá foi maior legal, comi mooooito, rimos mooooito, o prédio é lindo e o apartamento fofíssimo.

Café Piu-piu: eu não tinha muita certeza se eu ia, mas quando a Djoy disse que ela tb ia sem que nós tivéssemos combinado nada, o meu irmão deu um jeito e nós fomos. Como jeito, entendam me ligar a cada 5 minutos para saber se eu já estava chegando em casa. Nem tempo de trocar de roupa eu tive... Só troquei o sapato. A banda que tocou era a Almanak, que nós já tinhamos ido ver em outra ocasião. O detalhe é que um tampinha quis arranjar encrenca com o meu pequeno irmão (1,94 m), que estava tão alegre que nem se tocou... Tive eu que me meter no meio... Quando o tampa viu que o Vi e a namorada não estavam sozinhos e que tinha outro do mesmo tamanho sossegou. Pena que a bolsa da namorada dele não parava de bater nas minhas costas... Coitada, não tinha noção do perigo que estava correndo... rs

Para fechar o fim de semana, eu fui na casa nova da Patty comer pizza e pôr a fofoca em dia. Para quem nunca faz nada e costuma passar os fins de semana assistindo filmes até que esse foi bem movimentado...

domingo, maio 15, 2005

Definições

Saudade, é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança, é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Preocupação, é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão, é quando você sabe muito bem o que quer,mas acha que devia querer outra coisa.
Intuição, é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento, é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha, é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Ansiedade, é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse, é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento,é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva, é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza, é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade,é um agora que não tem pressa nenhuma.
Lucidez, é um acesso de loucura ao contrário.
Razão, é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Amizade, é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.

sexta-feira, maio 13, 2005

Politicamente Correto

Olá!!!

Voltando aos posts cabeça, vamos falar de mais uma do nosso governo pouco sem-noção. Foi lançada no ano passado uma "cartilha do politicamente correto" (oficialmente se chama Politicamente correto & direitos humanos) que, sabe-se lá porque, ficou famosa semana passada (acho que foi porque o João Ubaldo Ribeiro falou a respeito no O Globo). Sei que isso é notícia velha e que a tal cartilha foi tão criticada que acabou recolhida, mas tem cada uma... Elas foram encaminhadas para formadores de opinião (odeio esse termo, a minha opinião quem forma sou eu mesma, a partir do que eu vejo/leio/escuto/assisto) e ONGs.

Entre as recomendações que eu li, existem algumas que vão de encontro à própria cultura brasileira, como não poder chamar mais as pessoas de preto e de "de cor"(eu não chamo de nenhum dos dois, acho prejorativo) e até mesmo de negro; deve-se usar a expressão afro-brasileiros. Até aí ainda vai, o negócio piora quando se chega aos xingamentos... De acordo com a tal cartilha, chamar as pessoas de barbeiro ou palhaço é ofensivo ao profissionais citados. Também devem ser evitados bicha, baitola, v***o, sapatão... Fala verdade, acho que é pior dizer que alguém é "entendido" (termo recomendado) do que bicha ou afins. Ah, também devem ser evitadas pérolas, como "mulher no volante, perigo constante" e "a coisa ficou preta".

Eles implicaram até com beata, comunista, funcionário público, anão (ops, pessoa desprovida de altura). Chegou-se ao ponto de dizer que ladrão é um termo preconceituoso porque quando a pessoa é rica é chamada de corrupta... Fala sério, ladrão é uma coisa e corrupto é outra... Segundo o Houaiss, corrupto é aquele que foi corrompido, que age de desonestamente (convenhamos que agir desonestamente não é necessariamente roubar) e ladrão é aquele que furta, rouba. Até é parecido, mas eu levei menos de 2 minutos para provar a diferença.

Me desculpe, mas por mais que a intenção fosse boa, foi um tiro no pé de um governo que vive disfarçando as palhaçadas de alguns de seus membros... Ah, eu não vou entrar na discussão sobre eles estarem tentando controlar tudo o que se faz, escreve, publica, exibe, filma e edita através da (mal) falada ANCINAV.

Eu me considero uma pessoa politicamente correta (ao ponto do meu irmão dizer que eu deveria abrir uma ONG), mas antes de mais nada, eu tenho bom senso.

quarta-feira, maio 11, 2005

Vivendo...

Olá!!!

Eu não tenho muito o que dizer dos últimos... Terminei o meu cachecol vermelho (discreeto), vou começar um para cada avó (inversão total de papéis), a Má vai para o Canadá sexta (queria ir junto... buááááááááá), meu pai arranjou um monte de trabalho para eu fazer, fui no Café Piu-Piu no sábado (tinha ido no anterior e devo ir no próximo também), a vai ser contratada, sábado tem o chá de cozinha da outra Jú...

Como eu não estou muito inspirada e não tenho quase nada a dizer mesmo, vai um textinho surrupiado daqui (por mais que ele não tenha muito a ver com o meu estado de espírito atual):

"...Aproveitem as suas vidas! Deus fez esse mundo maravilhoso e nos deu de presente! Problemas... esses todos temos, podem ter certeza! A diferença é saber que um dia todos eles, mais cedo ou mais tarde, vão se resolver, e provavelmente, daí surgirão outros. Não podemos ficar esperando a ausência de problemas para sermos felizes! A felicidade está aí, de graça e para quem quiser tê-la, o que precisamos é saber enxergá-la em cada pequeno presente que recebemos o tempo todo em nossas vidas! A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade... Na vida não importa como somos, o que vale é que alguém nos aprecie e nos aceite, amando-nos incondicionalmente..."

(Ovidio Abreu)

domingo, maio 08, 2005

Dia das Mães

Ser Mãe

Uma tez serena,
um olhar amoroso
carrega no colo
o seu bem precioso...

É o lindo sorriso
que embala o seu dia
cativando a todos
transformando em alegria
a dor do pequeno, o chorar
do maior, o olhar a vagar
entre seus bens mais preciosos.

É a matrona trigueira
é a alta, é a pequena,
é a branca , é a morena
é de todas as raças
de idades mil
de vários rincões...

É o amor estalando
Sem distinção
Ao redor de si mesma
Trazendo a bondade
Espalhando o perdão.

Só pode ser
A beleza mais bela,
O soar mais ameno.
A doce heroina
Ocupando terreno.

É você doce mamãe
que de qualquer raça
mostra a realeza
mostra toda a nobreza
Mostra o que é ser MÃE!

Feliz Dia das Mães!!!


(PS: Desconheço o autor)

quinta-feira, maio 05, 2005

Tempos que mudam

Olá!!!

Antes que alguém faça piadinha, eu não estou falando das estações do ano... (falando nisso, para quem não sabe a minha preferida é o Outono seguida de perto pelo Inverno) Estou falando das mudanças que acontecem quando uma fase da sua vida acaba. Ano passado eu passei por uma dessas, aliás acho que ainda estou passando...

Explicação: acabou a faculdade. Acabou aquela uma coisa que durante muitos anos foi certa na minha vida: ir estudar. E mudaram algumas coisas também... Mudaram os assuntos, mudaram as pessoas... Claro que eu também passei por isso quando mudei de escola no 1º colegial e do mesmo para a faculdade... Mas a presença de um substituto disfarçou as mudanças. Agora não... Acabou a faculdade e, pelo menos eu, não tive nada que fosse uma certeza na minha vida depois disso.

Por mais que o tom desse post esteja meio nostálgico, a intenção real é falar dos reencontros com essas pessoas. Esses dias voltei a conversar com uma pessoa com quem eu terminei o colegial brigada. Até pedi desculpa (afinal, a culpa foi mesmo minha), mas ela disse que o passado já passou e deve ficar lá. Já outras pessoas dessa encrenca eu nem no orkut eu tive coragem de adicionar... Quem sabe um dia...

Entretanto (adoro usar essa palavra), o mais legal que ficou desses relacionamentos passados foi a amizade com as meninas da faculdade. De todos os amigos que eu fiz ao longo de 23 anos, elas são algumas das poucas que sobreviveram... Domingo passado nós saímos para comer no Outback (só aceito se for para comer Ribs on the Barbie)... Nós falamos tanta besteira, rimos muito e o pior é que apesar das diferenças no grau de solterice, as mesmas idéias passam por quase todas as cabeças... Assim, é cada vez mais difícil reunir todas; namorados, empregos, pós, masters e outras cositas estão tomando o tempo livre (não o meu, o delas)... Mas nós teremos dois eventos para colocar a fofoca em dia: Chá de Cozinha e Casamento de uma delas. Já até comprei os presentes!!! Foi o primeiro convite de casamento que eu recebi no meu nome. :D

terça-feira, maio 03, 2005

Comentários passados

Hello!!!

Agora que eu peguei gosto por essa coisa de postar quase todos os dias, fico inquieta se demoro mais que dois para voltar aqui... rs Fiquei pensando nas coisas que eu queria ter falado na época do especial e não consegui lembrar de tudo, só de algumas cositas...

Uma das coisas que eu tinha a falar era sobre os pocket shows acústicos de covers dos Beatles e do Elvis que aconteceram no shopping Metrô Tatuapé. Eu não cheguei a ver os só de Elvis, mas o cover dos Beatles foi muito bom. O penúltimo dia foi o mais legal, mesmo não tendo bateria e guitarra como o show final em que esteve presente a banda inteira... Não pela qualidade dos arranjos e músicos, mas pela escolha do repetório... Eu até comprei uma blusa do Help...

Outra coisa que eu tinha a dizer era sobre um reportagem da Veja. Na edição da semana retrasada (não lembro a capa) tinha uma reportagem sobre a tal "daslusp" que vem a ser uma casa de artes. Entre outras coisas, eles discutem filosofia, literatura e arte, cobrando um preço considerável pelos workshops. Mas eu não faço propaganda de coisas que só ouvi falar. O que eu tenho a dizer sobre isso é que uma das pessoas entrevistadas foi muito infeliz ao dizer que as pessoas da periferia não conseguiriam acompanhar as discussões deles. Sinto muito, mas até onde eu entendo de Português, periferia é tudo que não se encontra no centro. E pelo que eu entendo de São Paulo e de Geografia, isso inclui muitos "bairros nobres". Sem contar que nas periferias costumam morar professores de todos os níveis, universitários, estudantes e pessoas com muito mais cultura do que aquela infeliz senhora do comentário. Eu quase mandei um email para a Veja reclamando, aliás vi que eles não publicaram nenhuma reclamação relacionada a isso (e sim muitos elogios à própria revista), porém acabei desistindo por causa da burocracia que um simples email para eles representa.

Acho que de relevante isso era tudo que eu tinha a dizer...

domingo, maio 01, 2005

Saldo do aniversário

Olá pessoas!!!

Eu tinha tanta coisa para falar nesse interim do "especial eu", mas o meu perfeccionismo não deixou interrompê-lo para isso. rs

Eu quero agradecer a todos que mandaram emails, comentaram, telefonaram, deixaram scraps, mandaram sinais de fumaça... e tb a quem fez tudo isso junto, mas eu quero agradecer principalmente a todos os que me ajudaram a fazer o "especial eu": Rô, Sô, Má, Gigi, Jú, Patty, Marcelo e, claro minha mãe. Vocês me fizeram rir e chorar e foram muito bondosos comigo. Eu tenho defeitos (vários por sinal) e fico muito feliz em saber que vocês enxergam mais o meu lado bom. Muito obrigada!!!

Agora, em minha defesa:
- eu não falo TANTO, só um pouquinho sobre cada assunto possível... rs
- as borrachinhas do meu aparelho, como toda menina de 12 anos poderia querer, eram somente rosa e roxo, as duas cores juntas ou uma de cada vez;
- eu realmente não lembro de ter batido na Má (continuo não imaginando como ela ainda é minha amiga);
- adoro contar histórias... O mais engraçado é que mesmo anos depois elas saem iguaizinhas... rs Ah, eu tb enceno enquanto conto... Ou seja, eu não falo só com as mãos e cotovelos... Uso todos os recursos possíveis, faço vozes, caretas... Porque será que as minhas priminhas me adoram, né? rs

Outra coisa, se o meu primo conseguiu deixar alguém curioso com aquela história de "O", isso começou porque o Vi, toda vez que ia falar comigo gritava, "ô, vc viu não-sei-o-quê", "ô, abre o portão para mim" etc... Eu disse para a família inteira que estava numa crise de identidade, que estava em dúvidas sobre o meu nome... rs

Sobre o dia 28 e demais comemorações, eu tirei fotos (estão no flickr e no álbum que é o link pouco abaixo do painel), comi muuuuuito e ri demais. Bem acho que é só isso... Ano que vem tem mais...

Ah, quase esqueci, não preciso explicar a razão do layout, né?