sexta-feira, maio 13, 2005

Politicamente Correto

Olá!!!

Voltando aos posts cabeça, vamos falar de mais uma do nosso governo pouco sem-noção. Foi lançada no ano passado uma "cartilha do politicamente correto" (oficialmente se chama Politicamente correto & direitos humanos) que, sabe-se lá porque, ficou famosa semana passada (acho que foi porque o João Ubaldo Ribeiro falou a respeito no O Globo). Sei que isso é notícia velha e que a tal cartilha foi tão criticada que acabou recolhida, mas tem cada uma... Elas foram encaminhadas para formadores de opinião (odeio esse termo, a minha opinião quem forma sou eu mesma, a partir do que eu vejo/leio/escuto/assisto) e ONGs.

Entre as recomendações que eu li, existem algumas que vão de encontro à própria cultura brasileira, como não poder chamar mais as pessoas de preto e de "de cor"(eu não chamo de nenhum dos dois, acho prejorativo) e até mesmo de negro; deve-se usar a expressão afro-brasileiros. Até aí ainda vai, o negócio piora quando se chega aos xingamentos... De acordo com a tal cartilha, chamar as pessoas de barbeiro ou palhaço é ofensivo ao profissionais citados. Também devem ser evitados bicha, baitola, v***o, sapatão... Fala verdade, acho que é pior dizer que alguém é "entendido" (termo recomendado) do que bicha ou afins. Ah, também devem ser evitadas pérolas, como "mulher no volante, perigo constante" e "a coisa ficou preta".

Eles implicaram até com beata, comunista, funcionário público, anão (ops, pessoa desprovida de altura). Chegou-se ao ponto de dizer que ladrão é um termo preconceituoso porque quando a pessoa é rica é chamada de corrupta... Fala sério, ladrão é uma coisa e corrupto é outra... Segundo o Houaiss, corrupto é aquele que foi corrompido, que age de desonestamente (convenhamos que agir desonestamente não é necessariamente roubar) e ladrão é aquele que furta, rouba. Até é parecido, mas eu levei menos de 2 minutos para provar a diferença.

Me desculpe, mas por mais que a intenção fosse boa, foi um tiro no pé de um governo que vive disfarçando as palhaçadas de alguns de seus membros... Ah, eu não vou entrar na discussão sobre eles estarem tentando controlar tudo o que se faz, escreve, publica, exibe, filma e edita através da (mal) falada ANCINAV.

Eu me considero uma pessoa politicamente correta (ao ponto do meu irmão dizer que eu deveria abrir uma ONG), mas antes de mais nada, eu tenho bom senso.

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