quarta-feira, setembro 23, 2009

Dia Mundial sem Carro - o dia seguinte...

Nããão, não mudei de idéia sobre achar que essa data não serve para mim. Continuo sendo totalmente favorável à idéia de ter o meu carro e coisa e tal (desde que o transporte continue como está ou piore - como parece que vai).

Por algum motivo que eu nem imagino, justamente no dia seguinte a tal data o metrô de São Paulo provou porque quem tem a chance anda de carro - especialmente em tempos de alguma restrição a fretados -, com a pane de hoje cedo.

Pelo que li na internet e vi na tv, aparentemente devido a problema com um fusível, houve um princípio de incêncio em um trem que estava na Estação Sé por volta das 6h40, com sentido Jabaquara. Seguindo com o que li - e vivencio - o metrô parou e, entre aqueles que queria entrar aonde não cabe mais ninguém (porque não têm opção) e quem queria sair por causa da fumaça houve um certo tumulto e, felizmente, ninguém se machucou, só houve alguns desmaios. Esse evento resultou em atrasos e trens abarrotados em todo o sistema, pois houve um aumento no intervalo entre os trens e aumento no tempo de parada em cada estação.

E qual é o problema disso? Nada demais, só que o metrô da Zona Leste , vulgo Linha 3 - Vermelha, não tem condições de operar em horário de pico com qualquer coisa que seja diferente da capacidade total do sistema (e ainda assim é um inferno). Lógico que esta é a minha definição, a de alguém que tem pavor - ao ponto de suar e tremer - só de imaginar estar esmagada no meio de um monte de gente dentro de um trem/metrô/ônibus. Infelizmente não nasci rica e preciso do sistema público de transporte, então tenho meus truques para escapar disso (horários alternativos, voltar a ponto final, esperar os trens vazios - os mesmos que os usuários não têm o direito de sabe quando e se vêm - etc).

Independente do meu pânico (se alguém quiser chamar de frescura fique à vontade apesar de eu não concordar pq mais pareço um jogador de futebol americano entrando nos trens), isso que aconteceu hoje cedo foi um evento isolado e por mais que se saiba que é raro, mostra mais uma vez que São Paulo não tem transporte público que atenda à demanda de forma satisfatória - 9 pessoas por metro quadrado é muito para mim, sorry - e muito menos de lidar com imprevistos.

Tendo dito isto, ainda deve-se considerar que morar perto do trabalho quase nunca é possível; que a ciclovia é algo que termina no nada (pelo menos por enquanto), além de eu não ter muita certeza se andaria de bicicleta por ela - temo pela segurança, sabe como é; e os ônibus também estão em sua maioria andando superlotados. A poluição é algo preocupante, já saiu até algum estudo falando que talvez nem o álcool seja tão menos poluente, mas enquanto as opções forem estas, se eu puder escolher ainda fico com o carro...

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