Livro: Casório
Primeiramente, vale comentar que por mais que Marian Keyes escrevealivros para meninas, não são romances açucarados ou no estilo Daniele Steel e cia, mas livros em que você consegue claramente enxergar uma amiga, você mesma ou várias amigas em cada protagonista e nas pessoas que as cercam. Senti isso no Melancia e percebi facilmente tb em Casório. Outra diferença é que as "heroínas" não são necessariamente politicamente corretas nem "bem sucedidas porém sem um amor para chamar de seu". Podem ser simplesmente pessoas comuns, com empregos e problemas comuns.
Neste caso temos a história de Lucy, uma menina que não gosta do emprego e tem tendências depressivas que um belo dia vai a uma cartomante com as colegas de trabalho porque o pacote para as 4 é mais barato. A cartomante meio que percebe um pouco de cada uma e diz coisas que poderiam se encaixar de alguma maneira para cada. A carente Lucy ouve que casará nos próximos meses, com alguém que ela ainda não percebeu ser o grande amor dela.
Só que a nossa protagonista é uma azarada patológica no que diz respeito a relacionamentos, sempre escolhendo os homens mais errados possíveis e matendo somente uma relação estável, a amizade com Daniel (que originalmente era amigo de um dos irmãos dela). Ela é uma menina carente (não custa repetir), com uma certa mania de rejeição atrelada ao hábito de zoar de si mesma antes que alguém o faça e crises com a própria mãe que parece querer ver a filha ser mais do que ela conseguiu ser. Fácil de encontrar algo em comum com umas 200 pessoas conhecidas, no? rs
Por achar a mãe uma chata implicante e o pai - que sempre lhe pareceu um pouco bêbado e bem divertido - o máximo/parceiro/alguém que a amava como ela é, Lucy acaba sempre se envolvendo com os homens errados e assim, surge Gus. Não entendo muito de psicologia nem nada para afirmar que a culpa de todos os problemas dela é a famíli mal-estruturada e nem sou chata ou preconceituosa, mas foi algo difícil não abandonar esse livro quando ela exaltava as supostas qualidades de Gus. O cara estava sempre bêbado e sem dinheiro, falando coisas sem o menor sentido e ela rindo como se fossem grandes descobertas.
Normalmente ler é algo que eu faço meio quieta, prefiro terminar antes de começar a comentar, e até ele aparecer a história estava rendendo. A partir do surgimento dele ligava para a minha cunhada de tempos em tempos xingando essa menina até não poder mais. Porque foi fácil criar empatia com a Claire do Melancia, mas essa Lucy estava sendo idiota demais. Então, num determinado momento ela descreveu uma esperança/idéia/pensamento que mostrou como ela simplesmente queria ser importante para alguém. Daí em diante comecei a achá-la simplesmente infantil, imatura e inocente e que talvez a psicóloga de quem ela contou ter fugido no começo da história pudesse ter alguma razão e resolvi seguir em frente.
Sinceramente? Não me arrependo. Algumas pessoas têm mesmo que sofrer para descobrir coisas simples e óbvias (eu sou uma delas) e eu gostei de observar como isso aconteceu com ela. Aliás, gostei bastante do livro também, apesar de achar que teria sido mais fácil pensar assim se eu tivesse percebido antes mais sobre a personalidade dela.
Bom, opiniões são sempre subjetivas e algumas pessoas nos comentários do Submarino consideraram este o melhor de todos. Ainda é cedo para comparações, afinal, só li dois em seis que têm tradução, mas ainda sou mais o Melancia.
Neste caso temos a história de Lucy, uma menina que não gosta do emprego e tem tendências depressivas que um belo dia vai a uma cartomante com as colegas de trabalho porque o pacote para as 4 é mais barato. A cartomante meio que percebe um pouco de cada uma e diz coisas que poderiam se encaixar de alguma maneira para cada. A carente Lucy ouve que casará nos próximos meses, com alguém que ela ainda não percebeu ser o grande amor dela.
Só que a nossa protagonista é uma azarada patológica no que diz respeito a relacionamentos, sempre escolhendo os homens mais errados possíveis e matendo somente uma relação estável, a amizade com Daniel (que originalmente era amigo de um dos irmãos dela). Ela é uma menina carente (não custa repetir), com uma certa mania de rejeição atrelada ao hábito de zoar de si mesma antes que alguém o faça e crises com a própria mãe que parece querer ver a filha ser mais do que ela conseguiu ser. Fácil de encontrar algo em comum com umas 200 pessoas conhecidas, no? rs
Por achar a mãe uma chata implicante e o pai - que sempre lhe pareceu um pouco bêbado e bem divertido - o máximo/parceiro/alguém que a amava como ela é, Lucy acaba sempre se envolvendo com os homens errados e assim, surge Gus. Não entendo muito de psicologia nem nada para afirmar que a culpa de todos os problemas dela é a famíli mal-estruturada e nem sou chata ou preconceituosa, mas foi algo difícil não abandonar esse livro quando ela exaltava as supostas qualidades de Gus. O cara estava sempre bêbado e sem dinheiro, falando coisas sem o menor sentido e ela rindo como se fossem grandes descobertas.
Normalmente ler é algo que eu faço meio quieta, prefiro terminar antes de começar a comentar, e até ele aparecer a história estava rendendo. A partir do surgimento dele ligava para a minha cunhada de tempos em tempos xingando essa menina até não poder mais. Porque foi fácil criar empatia com a Claire do Melancia, mas essa Lucy estava sendo idiota demais. Então, num determinado momento ela descreveu uma esperança/idéia/pensamento que mostrou como ela simplesmente queria ser importante para alguém. Daí em diante comecei a achá-la simplesmente infantil, imatura e inocente e que talvez a psicóloga de quem ela contou ter fugido no começo da história pudesse ter alguma razão e resolvi seguir em frente.
Sinceramente? Não me arrependo. Algumas pessoas têm mesmo que sofrer para descobrir coisas simples e óbvias (eu sou uma delas) e eu gostei de observar como isso aconteceu com ela. Aliás, gostei bastante do livro também, apesar de achar que teria sido mais fácil pensar assim se eu tivesse percebido antes mais sobre a personalidade dela.
Bom, opiniões são sempre subjetivas e algumas pessoas nos comentários do Submarino consideraram este o melhor de todos. Ainda é cedo para comparações, afinal, só li dois em seis que têm tradução, mas ainda sou mais o Melancia.
Título Original: Lucy Sullivan is getting married
Autor: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 644
Ano: 2005
3 comentários:
Quero comprar esse livro, li aquele È agora ou Nunca divertidissimo.
Big Beijos
No fim ela atribui todos os erros nos relacionamentos dela ao pai bebado, mas eu acho é que ela é uma tapada mesmo...
Tathi.
O livro: agora ou nunca ...é ótimooooo!!!
Melancia tbm achei muitoo bom..mas as vezes me cansava com as viajadas delas (personagem)... tipo imaginando algo.. hehe!!
Vou começar a ler Férias... e ja estou preparando casório e Sushi.
Essa autora é ótima.. devorooo os livros..
=**
Postar um comentário